No dia 1 de maio, a Terceira sai de casa. É assim todos os anos. Os terceirenses, sedentos de primavera, tiram o pó às cestas, preparam o farnel e vão à procura de azul e de verde. Neste dia, abre oficialmente a época dos piqueniques, das touradas, da animação. A população distribui-se pelos vários lugares de lazer espalhados pela ilha. Há quem rume ao interior, à procura dos toiros. Há quem, como nós, não ligue à festa brava e fique mais pelo litoral.
Elegemos a Serreta como destino, a localidade mais afastada da nossa casa, o que nos obrigou a percorrer de carro a parte sul da ilha. E neste dia, passear pela ilha tem mais encanto do que é habitual. Enquanto debruamos a costa, somos presenteados com os tradicionais maios, uma tradição nossa bem popular. Neste dia, constroem-se bonecos de pano e encenam-se episódios do quotidiano ou de cariz satírico. Seguindo a máxima Ridendo castigat mores*, tecem-se críticas mordazes ao governo e à situação difícil em que o país se encontra.
Na foto abaixo, um grupo de maios, no Porto Martins, de malas feitas, à procura de melhores condições de vida. A acompanhá-los, um cartaz que diz irem a mando do Primeiro Ministro.
Na foto que se segue, já na Serreta, a recriação de uma tourada à corda. Um toiro ferocíssimo, que deixou o capinha em muito mau estado :)
Depois de apreciarmos esta forma de arte popular, passámos a tarde na Mata da Serreta, um dos lugares mais mágicos da ilha. Um lugar muito verde, com árvores que parecem tocar no céu, com tapetes fofos a cobrir o chão. Um lugar que nos faz voltar a ser crianças e a sonhar com fadas e duendes. Um lugar que apetece explorar e fotografar muito.
Calcorreámos a mata, fotografámos, andámos de baloiços, encontrámos um tesouro e visitámos a antiga estalagem, outrora albergue de famosos e hoje abandonada e habitada por morcegos. Comigo, trouxe muitos pedacinhos da Mata da Serreta. E muito cansaço. Mas aquele cansaço bom, de querer mais.
* A rir se criticam os costumes.
Amanhã passo por aqui para deixar as receitas das iguarias que fiz para o piquenique.
Na foto abaixo, um grupo de maios, no Porto Martins, de malas feitas, à procura de melhores condições de vida. A acompanhá-los, um cartaz que diz irem a mando do Primeiro Ministro.
Na foto que se segue, já na Serreta, a recriação de uma tourada à corda. Um toiro ferocíssimo, que deixou o capinha em muito mau estado :)
Depois de apreciarmos esta forma de arte popular, passámos a tarde na Mata da Serreta, um dos lugares mais mágicos da ilha. Um lugar muito verde, com árvores que parecem tocar no céu, com tapetes fofos a cobrir o chão. Um lugar que nos faz voltar a ser crianças e a sonhar com fadas e duendes. Um lugar que apetece explorar e fotografar muito.
Calcorreámos a mata, fotografámos, andámos de baloiços, encontrámos um tesouro e visitámos a antiga estalagem, outrora albergue de famosos e hoje abandonada e habitada por morcegos. Comigo, trouxe muitos pedacinhos da Mata da Serreta. E muito cansaço. Mas aquele cansaço bom, de querer mais.
* A rir se criticam os costumes.
Amanhã passo por aqui para deixar as receitas das iguarias que fiz para o piquenique.
Bom dia Ilidia,
ResponderEliminarNão fazia a minima ideia que na Terceira existisse a tradição dos piqueniques e dos "maios".
Aqui no Algarve também!
E a minha irmã mais velha (tem 53 anos) conta que quando era miúda, as vizinhas iam a casa umas das outras com um bolo e uma garrafa de Vinho do Porto para "atacar" o Maio.
As fotografias são lindissimas!
Definitivamente, tenho que voltar aos Açores e explorar cada recanto de casa ilha!
Com viagem organizada ficamos com uma panorâmica geral mas, muito, muito ficou por descobrir.
Bjs Ilidia e votos de um bom fim - de - semana!
Sandra Martins
E eu também não sabia da tradição dos maios no Algarve, já viu? Pensava que era só nossa :)
EliminarSim, volte aos Açores. Se vier à Terceira, cá estarei para a receber.
Um bom fim de semana para si também.
Beijinhos,
Ilídia
Somos tão poucos e desconhecemos tanto uns dos outros! Bem interessante essa forma de viver o 1º de Maio.
ResponderEliminarSem dúvida, Isabel. Este país é tão rico e com tanto para descobrir. As próprias ilhas são muito diferentes entre si. Tradições, costumes, formas de estar, falares, tudo é diferente de ilha para ilha. No continente, quando se fala em Açores, ignora-se as diferenças que existem dentro do mesmo arquipélago.
EliminarGosto sempre de saber as tradições dos dias e das datas que se celebram. As fotos estão muito bonitas e só falta mesmo espreitar o pique-nique!
ResponderEliminarBabette
Pois eu dou por mim a fazer coisas que antes me passavam ao lado. Esta tradição dos piqueniques no primeiro de maio nunca me disse muito. No entanto, com o Manel, tenho procurado passar mais tempo ao ar livre. E sabes que mais? Tenho descoberto que até gosto :)
EliminarUm bom fim de semana,
Ilídia