Havia muito quem os chamasse assim. Invertidos. Pessoas ao contrário. Já não é tão comum dizer que alguém é invertido porque é homossexual. As pessoas estão mais educadinhas nos tempos que correm. Pensam, mas não dizem. E fica bem dizer que se é pela igualdade. Mesmo que não se seja. Ou mesmo que só se seja a fingir.
Esta introdução surgiu a propósito de um vídeo que vi ontem, que retrata, mesmo que de forma um bocadinho exagerada (ou não), o que sofre quem é diferente. Ver o que sofre uma menina que vive numa sociedade ao contrário dói. E choca ver a crueldade contra alguém que só quer ser feliz. Porque dói tanto? Porque aquela menina é normal, gosta de um menino. E porque nos pomos no lugar dela. É mais fácil a empatia. Difícil, mesmo, é criar empatia com quem é diferente de nós. Mas aprende-se. Espero que aos poucos cheguemos lá.
Fica o vídeo.
E um artigo da Anabela Mota Ribeiro, sobre famílias diferentes e felizes: http://www.publico.pt/portugal/noticia/todas-as-familias-felizes-sao-iguais-esta-e-igual-a-sua-maneira-1620861
Já agora, uma imagem do bolo. A receita está mesmo aqui ao lado, no Receitas ao Desafio.
Espero que um dia seja assim, que não se olhe às diferenças.
ResponderEliminarEu desde pequena que brincava com crianças com deficiência na cerci e para mim, tudo era normal, nunca me apercebia das "diferenças". A educação também nos influencia claro.
Adoro bolos de laranja, que bom para estes dias de chuva.
Um beijinho.
Também espero, Inês. Ainda temos um longo caminho a percorrer. Mas espero que um dia consigamos conviver todos e respeitar o outro, com todas as suas diferenças. Cada um de nós tem de fazer a sua parte. E sim, a educação influencia muito. Procuro fazer a minha parte. Como mãe e como professora.
EliminarUm beijo,
Ilídia
Mas que apetitoso ficou esse bolo, tão lindo!
ResponderEliminarObrigada, Luísa :)
EliminarAcabei agora de ver o vídeo que põe o mundo ao contrário. Curioso, o exercício da inversão, para usar o teu título. Há uns anos, havia um programa qualquer que tinha um momento de "vox populi". E então, a pergunta era: "o que é que fazia, se o seu/a sua filho/a fosse heterossexual?" Como imaginas, as respostas foram todas no sentido de ter entendido "homossexual". Tirando as partes gagas, deu-me sempre que pensar. Incrível, como as pessoas estão formatadas. Tanto, que até trocam os conceitos/palavras. Um dos meus receios, nesta questão do referendo a haver. Senti uma revolta enorme, no dia daquela votação na Assembleia. O que está em causa é tão sério. E transforma-se em matéria referendável. Direitos civis. trata-se disso. O resto chama-se intimidade/privacidade/opção sexual/ o que for. Não deve ser sujeito a referendo de nenhuma espécie.
ResponderEliminarObrigada por partilhares o vídeo e escreveres sobre o assunto. O mundo fica menos ao contrário, assim.
Um beijo.
Mar
O difícil mesmo é pormo-nos no lugar do outro. E é isso que este vídeo faz. E bem, na minha opinião. Tenho muito medo deste referendo. E revolta-me. Estão a brincar com a vida das pessoas. E quem vai votar, na grande maioria, não faz ideia do que se passa com aquelas famílias. E custa-me (repugna-me) pensar que é o homofóbico que bate na mulher e nos filhos que vai decidir as vidas de muitas famílias de bem.
EliminarUltimamente, tenho visto muitas famílias "normais" que são tudo menos "normais". E são elas que vão votar. Coisas que não são "votáveis". Tenho feito o que posso. De todas as formas que estão ao meu alcance. E empolgo-me. E acabo por falar demais. Mas se conseguir convencer alguém já fico feliz.
Um beijo,
Ilídia
Tão perturbador Ilídia, e a malta com tanta dificuldade em entender! Mas sabes, acredito que se caminhe para algo naturalmente aceite, por cada dia termos mais amigos a sair do armário. Graças a Deus! :) E Deus não castiga, não senhor!
ResponderEliminarBolos invertidos é coisa para resultar sempre, digo eu, que gosto de bolos com fruta e parece-me sempre uma opção que faz a fruta brilhar, mesmo que de forma invertida!
Um abraço de boa semana e obrigada pelo "murro no estômago", para que não nos esqueçamos destas lições.
Guida
Muita dificuldade, Guida. Demasiada dificuldade para o século XXI. Custa-me tanto quando vejo pessoas esclarecidinhas cheias de preconceitos. A falarem na "felicidade das crianças", nos "modelos de pais". Depois de todos os dias ver pais heterossexuais que não deveriam ser pais, ainda defendo mais o direito à diferença. E acredito (com muita convicção) que as crianças precisam de amor. Quer venha de um pai e uma mãe, de dois pais ou de duas mães. Amor. Carinho. Ponto.
EliminarUm beijo,
Ilídia
Adoro o seu blog.Estava a pensar colocar um post sobre ele no meu. Espero que não se importe!
ResponderEliminarthecotton-sky.blogspot.pt
Muito obrigada. Claro que não me importo :) Pelo contrário, é uma honra.
EliminarBeijinhos