Férias

É bom ter tempo. Tempo para almoçar com as amigas sem ter os minutos contados. Tempo para ir ao colégio do meu filho, fazer muffins com ele e os seus amiguinhos. Tempo para ler um livro, a meio da tarde. Tempo para não fazer nada. Tempo para estar no jardim. Tempo para ver o que a natureza nos dá. Quantas vezes, na azáfama do dia a dia, olhamos mas não vemos? A cabeça está noutro sítio. Nas aulas do dia seguinte. No trabalho que se acumula em cima da mesa. Em mil e uma preocupações quotidianas. Agora, há tempo para apreciar as coisas pequenas de que tanto gosto. Os tomates que amadurecem a olhos vistos. As malaguetas que começam a aparecer. As minhas ervas aromáticas que estão cada vez mais viçosas. As árvores, que cresceram bastante do ano passado para este.

Ontem, andei no jardim. Num dos momentos mais bonitos do dia: o lusco-fusco. Aquela espécie de limbo em que a noite parece pedir licença ao dia para o substituir. Enquanto não se decidiam, eu e o Manuel andámos a regar a horta. Ele sentiu-se importantíssimo e quis fazer o trabalho quase todo sozinho. Não foram só as árvores que cresceram muito de um ano para o outro.

Com estas fotografias do nosso fim de dia, despeço-me. Até breve. Obrigada por estarem desse lado.