Quinta dos Açores

Cresci com os gelados Baskin Robbins, que comíamos na Base das Lajes. Ainda me lembro de, nos anos 80, ir, com os meus pais, comer um gelado ao 31, que era como por cá denominávamos a conhecida cadeia americana. Recordo a felicidade que sentia quando me entregavam aquele copinho castanho, às bolinhas cor-de-rosa. Com o tempo, perdi o hábito de comer gelados. Até à gravidez. Muitos dos quilos que ganhei naqueles meses deveram-se aos gelados que ia comer à Base, com a minha amiga Carla, também grávida. Ainda hoje nos rimos a recordar essas tardes de gula :) Felizmente, voltei a desinteressar-me. Pelo menos desses. Desde então, como os que faço em casa. E, mesmo assim, na maior parte das vezes, faço-os e acabo por só os provar. 

Mas hoje, descobri os gelados da Quinta dos Açores. Desde há algum tempo, só ouço falar nos novos gelados. As expectativas eram elevadas, portanto. Mas não me desiludi. São, realmente, maravilhosos. E com sabores muito nossos: ananás, queijada da Graciosa, doce de leite, queijada D. Amélia... 

Neste espaço, dedicado aos Açores, é possível encontrar inúmeros produtos das nossas ilhas, tais como licores, compotas, vinhos e queijos açorianos, atum de S. Jorge, queijadas da Graciosa, carne dos Açores, leite e iogurtes produzidos na Quinta e... gelados. E o edifício é moderno e acolhedor, com uma vista lindíssima sobre o Monte Brasil, o maior ex-libris de Angra. 

Hoje, o dia esteve sombrio e choveu, por isso ficámos no interior da gelataria. Mas imagino o prazer de degustar um destes maravilhosos gelados na esplanada, com Angra a nossos pés.

As bonecas que veem nas imagem são feitas em folha de milho, uma das formas de artesanato local.