A década de 50 fascina-me. Gosto de ver os filmes e as publicidades da época, com as donas de casa, de saias rodadas e aventais impecavelmente engomados, a receber os maridos, que dizem, num tom de voz melodioso, Honey, I'm home. A comida que os espera é quase sempre um assado, um empadão ou um "meatloaf". Comida feita no forno. Talvez por isso associe este tipo de pratos a aconchego, a lar, a famílias felizes. Gosto de fazer uma "comida de forno", de vez em quando, e fingir que sou uma senhora loura platinada, com uma saia rodada e um avental muito bem engomado. Uma dona de casa que espera ansiosamente que o marido chegue do trabalho e que as crianças regressem da escola, num autocarro amarelo. Talvez por a minha realidade ser tão diferente da dessas donas de casa, ache tanta graça à existência que elas levavam.
Apresento-vos o meu prato feito no forno, embora confecionado com a tecnologia do século XXI. Quanto ao gosto de presentear a minha família com um bom jantar, creio que não difiro assim tanto de uma dona de casa de meados do século passado. A diferença essencial é que, findo o jantar, o meu marido não vai para a sala ler o jornal. Vai arrumar a cozinha. Pensando bem, ainda bem que os tempos mudaram.
1 kg de filetes de pescada
500 g de camarão
1 kg de batatas, cortadas em cubinhos
1 cebola grande
3 dentes de alho
1 ramo de salsa
azeite q.b.
sal e pimenta q.b.
Molho béchamel (fiz esta receita)
queijo ralado
Cozi a pescada e o camarão (juntinhos, para poupar :). Mal a água começou a ferver, desliguei o fogão. Descasquei o camarão e desfiz os filetes, com um garfo. Reservei.
Fritei as batatas na Actifry. Reservei.
Cortei uma cebola em rodelas e esmaguei os alhos. Refoguei-os no azeite. Juntei a pescada e o camarão e deixei cozinhar alguns minutos. Temperei com sal e pimenta.
Fiz o molho béchamel. Reservei.
Num pirex, coloquei a mistura de peixe e camarão e sobre esta, o molho béchamel. Envolvi. Polvilhei com o queijo ralado e levei ao forno, a gratinar. Acompanhei com espinafres salteados. E um copo de tinto :)
Gostei da parte final do post :) também eu gosto desse tempo que nunca vi. Para mim só faltam as cortinas da cozinha a combinar com o pano que está por debaixo da travessa eheheh
ResponderEliminarTambém acho uma certa piada ao imaginário dos anos 50. Mais por questões estéticas do que por outra coisa. Pelas objecções todas. A mais importante: as mulheres estavam em casa por serem sustentadas pelos maridos. Não podiam escolher ou ter voto na matéria numa série de aspectos bem práticos. E então, o tal imaginário fica um bocadinho quebrado. Curioso, que acabei há pouco de lhe responder a um email, em que falava um pouco destas coisas. Estamos sempre a encontrar traços que unem:)
ResponderEliminarA fotografia está linda, de dar fome:) E um gratinado é assim mesmo: irresistível.
Um beijo.
Mar
Ai que delicia! :)
ResponderEliminarAdoro gratinados, são maravilhosos, de comer e chorar por mais! ^^
Este post mais parece umas frames cinematográficas.
ResponderEliminarIdentifico-me tanto com o que escreveu, incluindo a parte do marido a arrumar a cozinha ;)
Abraço!
Adorei a sugestão. Uma delicia de gratinado ... e em muito boa companhia :)
ResponderEliminarBeijinhos
Uma sugestão mesmo boa para estes dias de chuva e frio!
ResponderEliminarIlídia, pratos de forno também têm esse significado para mim :D
ResponderEliminarOs tempos mudaram e ainda bem, mas confesso que gosto dessa imagem de familia feliz e tranquila que essas donas de casa transmitiam... hoje em dia em vez da saia rodada, usamos fatos de treino mas nem por isso somos menos felizes não é?
Tempos diferentes os que hoje vivemos Ilidia...para o bom e para o mau.
ResponderEliminarAqui em casa, e sendo uma familia numerosa, só assim as coisas podiam funcionar, mal acaba o jantar tenho os meus 5 homens (sim sou a unica mulher em casa hehehe) a ajudar e é um gosto vê-los todos a levantar a mesa, o pai a meter a loiça na máquina e a lavar os tachos enquanto eu descanso um pouco no meu sofá com o meu Jimmy (o meu gatinho).
A tua sugestão devia estar uma delicia e nada melhor do que uma comidinha assim tão reconfortante
beijinhos e tem um BOM DIA!!
Para mim, não há nada como a comidinha feita no forno e este teu gratinado parece-me muito bem!
ResponderEliminarQuanto à música do Sérgio, também gosto!
Bjs.
Maria
E ainda bem que mudaram. Se todos comem, todos ajudam de uma maneira ou de outra.
ResponderEliminarGostei do início do post. As roupas da época eram muito interessantes, sobretudo os tecidos que a malta arranjava. Mas pronto, rendo-me à versão actualizada da vida: hoje.
Beijinhos
Gostei muito da parte do copo de vinho, foi subtíl, e da receita também :) parebéns
ResponderEliminarIdília e como eu partilho da mesma opinião, velhos tempos esses adoro saias rodadas as xadrez e florezinhas... :)
ResponderEliminarO gratinado ficou excelente com um aspecto reconfortante como toda a comidinha de forno.
Beijinho
P.S. Gostei muito dos dois acompanhamentos :)
Bom dia Ilídia!!!
ResponderEliminarUma sugestão deliciosa apresentada numa linda fotografia...
Kiss
Exacto, ainda bem que os tempos mudaram e não são só as donas-de-casa a arrumar tudo e a fazer a lida da casa! Mas há realmente uma magia que envolve essa época e as saias rodadas e aventais impecáveis. E um assado no forno é realmente sinónimo de aconchego e conforto. Gostei da sugestão.
ResponderEliminarUm beijinho.
e as batatas? misturam-se no pirex?
ResponderEliminarSim, as batatas misturam-se com o peixe e camarão.
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