domingo, 11 de setembro de 2011

Terça-feira, 11 de setembro de 2001

Estava desempregada. Angustiada. A pensar no meu futuro. No nosso futuro. Analisava diariamente os jornais, à procura de uma oferta de emprego. Estava, com o meu marido, na Praia da Vitória, num café que costumávamos frequentar naquela altura, o Etis. O jornal estava aberto à nossa frente, claro. Nada! Angústia. Alguém aumentou o volume da televisão, que até então estava sem som. As imagens repetiam-se. Um acidente de aviação numa das Torres Gémeas. Outro. Não, não pode ser acidente! Só pode ser de propósito! O que se passa, meu Deus?! Pessoas em pânico atiram-se pelas janelas. Naquele momento, não ter um emprego começou a parecer-me uma coisa insignificante, comparada com o que acabava de acontecer.
Consegui trabalho dali a um mês. Em S. Miguel. E foi uma vitória, porque o meu marido conseguiu ficar na mesma ilha (para um casal de professores em início de carreira, conseguir um trabalho na mesma ilha é quase um luxo). Tudo se resolveu. O mundo, porém, nunca mais foi o mesmo.

7 comentários:

  1. Sabes Ilídia, para nôs 11 de setembro, vai ser um daqueles dias, em que, nos lembramos precisamente o que estavamos a fazer....como há uma geração que sabe precisamente, o que fazia quando a noticia correu o mundo que J.F Kennedy tinha morrido. Eu estava em casa, quando liguei a TV. e fiquei em choque, a ver imagens de sofrimento, e angustia.....de facto o mundo nunca mas foi o mesmo :( Abraço Diana

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  2. TAMBÉM ME ESQUEÇO DESSE DIA, E ACHO QUE NINGUÉM O ESQUECERA.
    BJS

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  3. Fazia as últimas arrumações...ia começar a universidade, primeiro ano, na semana seguinte. A televisão estava ligada para me fazer companhia...nunca me vou esquecer desse dia. Sim o mundo nunca mais foi o mesmo.

    Beijinhos

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  4. Penso que ninguém fica indiferente. Hoje foi o dia todo em filmes, notícias pela tv, rádio, reportagens... e parece que ainda é brincadeira o que aconteceu, tudo menos real. A vida de professor é tão incerta, tiveram uma sorte nesse ano de louvar. Mas de facto a vida tem um valor como nada tem, está acima de tudo.
    Beijinhos

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  5. Ouvi hoje nas notícias que se fez um inquérito e que uma maioria esmagadora se lembrava do que estava a fazer, no dia 11 de Setembro de há dez anos atrás. Eu também. Com detalhe. E sei que aqueles minutos foram dos mais longos e impactantes da minha vida. E que não se esquece, quando se olha para uma das faces do mal. De como o abismo que nos separa dos fundamentalistas é a vida. O respeito pela vida enquanto valor máximo, do lado da nossa civilização. E a completa ausência desse respeito, do lado da barbárie.
    Fez bem em lembrar. Em lembrar-nos mais.

    Um beijo.

    Mar

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  6. Como muita gente, lembro-me exactamente como soube da tragédia:estava a trabalhar, um colega entra pela porta e diz-nos que as Torres, em NY foram destruídas, nós pensávamos que era mais uma de suas brincadeiras, mas infelizmente não...Foi o facto mais surreal e brutal da nossa história mais actual, impossível de esquecer. Nunca mais o mundo foi o mesmo, nunca mais o medo nos abandonou.
    Beijinhos

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  7. Obrigada a todas, mais uma vez, por ter enriquecido o meu post com as vossas partilhas. Beijos

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