São das minhas horas preferidas da semana. Logo a seguir ao fim da tarde de sexta-feira, quando chego a casa depois de uma semana longa. Mas os sentimentos são diferentes. Na sexta, há uma certa euforia, associada ao início do fim de semana. Um sem-fim de projetos para os dois dias que se seguem, alguns dos quais não passam disso mesmo: projetos. Ao domingo de manhã, o sentimento é outro. É de calma, de uma certa resignação em relação ao que não se fez. É como se a sexta fosse uma jovem cheia de sonhos e expectativas e o domingo trouxesse a serenidade da meia-idade. Ao domingo de manhã, as horas parecem render, apesar de não haver despertador, o que parece meio paradoxal. Depois de um pequeno-almoço mais ou menos frugal, o que será ditado pela hora de acordar, dedico-me àquelas coisas para as quais normalmente não tenho tempo. E este espaço está entre elas. Durante a semana mal me lembro de que existe. Com a corrida dos dias, algo tem de ficar para trás. E o blogue fica, invariavelmente, no fim da lista. Tem de ser. Afinal, a vida em carne e osso tem sempre prioridade.
A receita (se é que se pode chamar receita) que vos trago não costuma ser de domingo. Costuma ser comida de dia útil, de dia de quando não há muito tempo para a cozinha. Dias de ter sopa no frigorífico e nada pensado para depois. É a sandes preferida do meu filho. Pede sempre para me ajudar a prepará-la. E eu deixo, claro. Afinal, tem 10 anos e tem de ir aprendendo a desenrascar-se. Da última vez, achei que a devia partilhar. É uma sandes útil para ter no repertório. Espero que gostem.
Ingredientes para cada sandes:
1 baguete pequena (costumo comprá-las congeladas, semi-cozidas, e colocá-las no forno 5 minutos)
Molho pesto a gosto
3 fatias de queijo halloumi
1 ovo cozido
2 folhas de alface
Preparação da sandes:
Começo por cozer os ovos.
Corto o halloumi em fatias e levo-o a grelhar, com um fio de azeite, polvilhado com orégãos.
Abro a baguete, barro-a com pesto e disponho os restantes ingredientes, pela seguinte ordem: queijo, ovo e alface. Prendo-a com palitos e sirvo-a, inteira ou cortada ao meio.
Despeço-me com duas imagens dos últimos dias: as flores que estão na jarra e a Lana, ao lado do livro que ando a ler: O Jogo do Mundo (Rayuela), de Júlio Cortázar. Um livro desafiante, que nos manda andar a saltar de capítulo em capítulo. E que nos dá a possibilidade de saltar (mesmo) a leitura de alguns. Estou a gostar deste jogo da macaca literário 🙂
Uma boa semana!
Ilídia
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