sexta-feira, 9 de maio de 2014

Os brigadeiros da Keilla

Gosto muito de ouvir as histórias que emolduram as receitas. Aqueles pratos mais especiais têm quase sempre histórias, momentos e pessoas associados. A sopa de peixe da minha avó, a canja da minha mãe, o caldo de peixe do meu avô são pratos que são um bocadinho máquinas do tempo. Como aquele carro dos filmes que víamos na infância, a comida também nos leva para outras épocas.
Enquanto mexia os brigadeiros, a minha amiga Keilla falava-me dos tempos de escola, de quando chegava a casa e a mãe fazia brigadeiro. E ela, impaciente, não esperava que a mãe fizesse as bolinhas. E comia assim mesmo, da panela, enquanto assistia filme. E dei por mim a pensar que, no fundo, só mudam as receitas. O resto é igual. Quer estejamos na Europa ou na América, no Hemisfério Norte ou no Sul. O carinho das mães e aquela despreocupação da infância que não volta mais são universais. Eu não comia brigadeiro enquanto assistia filme na TV, mas comia panquecas e pipocas. E a lembrança daquela sensação de chegar da escola, pousar a mochila e deitar-me no sofá, acarinhada pela minha mãe, há de ser muito semelhante à da Keilla ao provar um brigadeiro.

Hoje, a minha receita vem em português do Brasil, ditada pela minha amiga Keilla :)

Brigadeiro


Ingredientes:
1 lata de leite condensado
1 colher (de sopa) de manteiga
3 colheres (de sopa) de Nesquik 

Preparação:
Com uma colher de pau, misturar todos os ingredientes. Levar ao fogo. A partir do momento em que você põe no fogo, tem de mexer sempre, para não grudar. Quando desgrudar da panela (quando a colher de pau começar a deixar uma "estradinha", desligar o fogo). Deixar esfriar.
Passar as mãos por manteiga e enrolar os brigadeiros, entre as palmas das mãos. 


Passar por confetis ou granulado de chocolate.























Gostoso, não? ;)

12 comentários:

  1. Estas bolinhas sabem sempre tão bem :)
    bfs

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    1. Muito boas! E ficam tão bem em mesas de festa!

      Beijinho,

      Ilídia

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  2. Que giro. É mesmo isso.
    Eu também sou assim, adoro ouvir as histórias por trás das receitas.
    E depois sempre que as faço é como se fosse uma viagem, uma recordação.
    Adoro brigadeiros Ilídia, lá se vai a dieta!
    Um beijinho.

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    1. Acho que esta característica é própria de quem gosta muito de cozinhar. Mais do que ler os ingredientes das receitas, gostamos mesmo é dos contextos :)
      Quanto aos brigadeiros, consegui comer apenas um! Tão orgulhosa de mim que estou ;)

      Um beijinho,

      Ilídia

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  3. Há tantos anos que não faço brigadeiros. E nem me tinha dado conta disso, nem nada. Curiosamente, é uma daquelas coisas que associo ao Brasil. Havia sempre brigadeiros ao alcance das nossas mãos:)
    E sim, há determinadas coisas que são as pessoas e as circunstâncias/fases das nossas vidas.
    Vou fazer brigadeiros para o meu filho, amanhã. Nunca fiz, desde que sou mãe. Eu não disse que não fazia disto há imenso tempo? Ele tem nove anos:)
    Depois conto.

    Um beijo.

    Mar

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    1. E eu nunca tinha feito, acreditas? Já fiz umas bolinhas de coco, para um aniversário do Manel. Mas os típicos brigadeiros, nunca. Estes são tão bons! Fico à espera saber como correu a aventura dos brigadeiros ;)

      Um beijo,

      Ilídia

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Que bom :) Tenho mesmo vontade de fazer brigadeiros. Acho que também é das coisas que nunca fiz haha, as minhas amigas faziam muitas vezes!
    Beijinhos e uma boa semana!

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  6. Brigadeiro com... Nesquick? Versão barata.

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O Acre e Doce é um blogue que celebra a vida de casa, principalmente os momentos passados à volta da mesa. É um blogue de coisas que nos fazem felizes, sejam uma refeição, um filme, um livro ou um ramo de flores frescas.