Não sei se é por ter sido educada a respeitarmos e acolhermos os nossos idosos que me está a custar tanto ler a máquina de fazer espanhóis, de valter hugo mãe. É o segundo livro que leio deste escritor grande que só escreve com letra pequena. O primeiro foi o remorso de baltasar serapião. Um livro brutal sobre a condição feminina na Idade Média. Lindo e brutal. Com passagens sublimes e outras a roçar o grotesco. O ciúme doentio de um homem, que o levou a cometer atos desumanos. Tão atual, infelizmente. Acabei de o ler no dia 8 de Março, dia internacional da mulher. Irónico, não? Acabei-o e fiquei a olhar para a capa durante uns minutos, sem reação. Acontece-me muito. Ficar a olhar para a capa de um livro ou para a ficha técnica de um filme. Uma certa recusa em despedir-me.
Mas, voltando a a máquina de fazer espanhóis (sempre a mesma mania de divagar), o livro conta a história do senhor silva que, como tantos senhores Silva deste país, foi "atirado" para um lar depois da morte de companheira de toda a vida, Laura. É impossível não sofrer com o senhor silva, com a mágoa profunda por os filhos se terem visto livres dele daquela forma. Não há como não nos juntarmos ao senhor silva, tentando fintar a morte. Não há como não refletirmos sobre a nossa sociedade e sobre a forma como tratamos os nossos idosos.
Cresci a ver famílias generosas, que acolhem os pais, evitando que passem o resto dos seus dias num triste asilo. Logo, é natural que me custe ouvir notícias de idosos que estiveram mortos durante meses, sem que ninguém desse pela sua falta. E que me custe ler histórias como a do senhor silva.
O último nome do meu avô era Silva, mas, felizmente, teve um fim bem diferente do do senhor silva do livro de valter hugo mãe.
Mas, voltando a a máquina de fazer espanhóis (sempre a mesma mania de divagar), o livro conta a história do senhor silva que, como tantos senhores Silva deste país, foi "atirado" para um lar depois da morte de companheira de toda a vida, Laura. É impossível não sofrer com o senhor silva, com a mágoa profunda por os filhos se terem visto livres dele daquela forma. Não há como não nos juntarmos ao senhor silva, tentando fintar a morte. Não há como não refletirmos sobre a nossa sociedade e sobre a forma como tratamos os nossos idosos.
Cresci a ver famílias generosas, que acolhem os pais, evitando que passem o resto dos seus dias num triste asilo. Logo, é natural que me custe ouvir notícias de idosos que estiveram mortos durante meses, sem que ninguém desse pela sua falta. E que me custe ler histórias como a do senhor silva.
O último nome do meu avô era Silva, mas, felizmente, teve um fim bem diferente do do senhor silva do livro de valter hugo mãe.
E agora, a história de duas bananas que, apesar de velhas, se revelaram muito úteis. Fizeram um pão muito saboroso.
PÃO DE BANANA COM CANELA E CARDAMOMO
Ingredientes:
2 copos de farinha de trigo
1 colher de chá de fermento químico (Royal)
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
3/4 copo de açúcar
3 colheres de sopa de óleo vegetal ou azeite ou margarina (usei óleo vegetal)
2 ovos2 bananas esmagadas
1 colher (de café) de canela em pó
1 colher (de café) de cardamomo em pó
Preparação:
Colocar todos os ingredientes na cuba da máquina pela ordem indicada e programar programa "Pão rápido".
Fonte: Receita adaptada de http://www.receitasmfp.com/2009/09/pao-de-banana.html
PÃO DE BANANA COM CANELA E CARDAMOMO
Ingredientes:
2 copos de farinha de trigo
1 colher de chá de fermento químico (Royal)
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
3/4 copo de açúcar
3 colheres de sopa de óleo vegetal ou azeite ou margarina (usei óleo vegetal)
2 ovos2 bananas esmagadas
1 colher (de café) de canela em pó
1 colher (de café) de cardamomo em pó
Preparação:
Colocar todos os ingredientes na cuba da máquina pela ordem indicada e programar programa "Pão rápido".
Fonte: Receita adaptada de http://www.receitasmfp.com/2009/09/pao-de-banana.html
Este pão deve ser uma coisa divinal, ficou lindo...
ResponderEliminarBjs.
Que bom aspecto o teu pão amiga...bjokitass
ResponderEliminarESSE PÃO FICOU UMA VERDADEIRA MARAVILHA.
ResponderEliminarBOA SEMANA
BJS
O meu avô também era um sr. Silva, mas só de nome. Todos o conheciam pelo seu nome do meio: Brum. Mestre Brum, construtor de botes baleeiros. Felizmente não teve um fim desses, coisa que ele sempre temeu, sem ter razão para o temer. Curiosamente também faço isso com os livros e filmes que gosto, fico angustiada e com vontade que não acabe. Não me quero despedir das personagens e quanto maior o livro, maior o tempo de angústia. Beijinhos
ResponderEliminarP.S.: não comento o pão, que não sou fã de bananas, mas tem bom aspecto :)
Que interessante. O meu avô materno também era Silva. José Ramos da Silva. Não era construtor de botes baleeiros,como o da Picarota, mas quem ia dentro do bote e tinha a coragem para trancar baleias, aqueles monstros marinhos enormes.Tempos idos.Não chegou a idoso.Morreu com 52 anos...
ResponderEliminarÉ triste a realidade de alguns idosos dos dias de hoje.
Um beijinho
Patrícia
Muito certas, as suas palavras. A partir de um livro, uma divagação sensível em torno de coisas que são tristes. De tão reais. Nada de literatura. Bem reais, os casos de abandono. De maus tratos. E o resgate disso tudo: a sua receita. Que aproveitou bananas que se iam estragar. Assim não. Reinventaram-se.
ResponderEliminarUm beijo. Num dia cinzento. Muitas nuvens, hoje. E outras coisas mais ou menos cinzentas. Soube bem este bocadinho no outro lado do mar:)
Mar
Olá :)
ResponderEliminarMuito bom e o seu sabor deve ser divinal...imagino o sabor da banana e cardamomo e fico com água na boca.
Adorei.
Beijinhos
Atitude Zen