domingo, 17 de novembro de 2013

Um encontro com o escritor tatuado

O meu escritor veio à ilha e eu tive de o conhecer. E o Manel também, com o seu A mãe que chovia debaixo do braço, para ele assinar. Também eu levava Cal, para o escritor autografar. De tanto dar a conhecer José Luís Peixoto às pessoas que me rodeiam e de tanto emprestar os livros dele, cheguei à estante, ontem à noite, e encontrei apenas um: Cal. Os outros estão emprestados, já quase todos localizados, felizmente :) Quando é que aprendo a tomar notas do que empresto? 
O encontro não foi muito diferente do que imaginara. A simpatia, a simplicidade, tudo muito semelhante ao que descrevera no meu jantar a fingir. Tive a sorte de o encontrar numa sessão muito intimista, com um número reduzido de pessoas, o que me permitiu conversar um pouco com ele. Não foram muitos minutos, mas os suficientes para trocarmos algumas palavras acerca dos livros (parece que há novo romance para o ano), dos filhos e dos professores. Ainda me falou sobre os Ilídios da sua vida, a quem dedicou Cal. E o Manel ouviu em primeira mão a história que o escritor inventou para contar aos meninos da Amazónia, quando esteve lá, em agosto. Uma narrativa à volta das tatuagens e dos piercings, que talvez acabe em livro. No fim, carinhoso, pegou ao colo num Manel meio intimidado e posámos para a fotografia da praxe. E despedimo-nos, até à próxima
É tão bom quando as pessoas que admiramos muito não desiludem :) 

As fotos que se seguem não são minhas. São do Miguel Bettencourt, um fotógrafo terceirense, que também esteve ontem de manhã no Clube de Oficiais, na Base das Lajes. O seu blogue merece uma visita atenta. 

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2 comentários:

  1. Fico muito feliz por teres conhecido uma pessoa que admiras. Que lês. Nem sempre estas duas coisas acumulam na mesma pessoa, por isso, é uma espécie de dádiva, acho. É partilhada, a admiração. As palavras e os livros dele são assim como água quando se tem sede. Sinto a mesma coisa em relação a outros escritores. Senti isso na última viagem num comboio rápido, a caminho de Lisboa. Num livro de Tolentino Mendonça. Tinha muita sede e aquelas palavras foram água.

    Um beijo.

    Mar

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  2. O meu primeiro contacto com os livros de JLP foi em 2006, numa altura particularmente difícil. Daí que o Cemitério de Pianos (o primeiro que li) me tenha atingido de uma forma que nem sei explicar bem. Desde então, não o larguei mais. E sim, ele tem uma humildade, uma fidelidade às suas origens que me comovem. Gostei mesmo de o conhecer.

    Um beijo,
    Ilídia

    PS: Gostei tanto de ver o teu post :)

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